Conheça como surgiu e os benefícios para a empresa
A intralogística é um processo de otimização que existe graças às Revoluções Industriais, que vêm ocorrendo desde o século XVIII. Hoje, a intralogística permite otimização de tempo e processos e aumento da lucratividade, utilizando a tecnologia.
Para entendermos como surgiu esta inovação, precisamos conhecer a história da indústria.
Indústria 1.0
Durante muitos anos, a produção era feita artesanalmente e, consequentemente, em baixa velocidade. A Primeira Revolução Industrial ocorreu na segunda metade do século XVIII, entre 1760 e 1850, quando foi construída a máquina a vapor, na Inglaterra. O carvão aquecia a água que produzia o vapor que produzia energia e se transformava em força para mover as máquinas.
O processo possibilitou que a produção de mercadorias fosse mais ágil, visto que o trabalho manual foi substituído por máquinas. Na época, o foco era na indústria têxtil, visto que as máquinas teciam fios muito mais rápido que o processo manual.
O lucro das indústrias foi convertido em investimento para a construção de estradas de ferro e locomotivas, o que permitiu que as mercadorias pudessem ser transportadas com maior rapidez e maior quantidade. Aqui, surgiu o capitalismo.
Assim, o processo que antes era manufatureiro se tornou maquinofatureiro. Ou seja, a produção manual vinda de uma capacidade artesanal passou a ser feita pelas máquinas, em menor tempo e maior precisão. O avanço implicou em mudanças nos setores econômicos e sociais.
Na mesma época, houve a invenção do telégrafo (aparelho que, utilizando a eletricidade, enviava mensagens codificadas e possibilitava a comunicação) e da indústria siderúrgica (produção e preparação de aços e ferros fundidos).
Indústria 2.0
A Segunda Revolução Industrial ocorreu na metade do século XIX até o início do século XX, durante a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945). Neste período, os avanços tecnológicos deixaram de ser exclusivos na Inglaterra e se espalharam para outros países, como Alemanha, Estados Unidos, Japão, Bélgica, Itália, Holanda e França. O petróleo e a energia elétrica (descoberta no século anterior, XVIII) foram implementadas como novas fontes de energia, o que ampliou a capacidade e a produtividade das fábricas, por conseguinte, os lucros.
O ferro foi substituído pelo aço na matéria-prima, já que é um material mais resistente, maleável e de fácil utilização. Nesta fase, houve a construção de ferrovias e navios a vapor, além da indústria automobilística ter tido grande importância. Teve início o uso de máquinas e fertilizantes químicos na agricultura. O período foi conhecido como o maior desenvolvimento da indústria química, pois houve invenções de produtos derivados do petróleo, fertilizantes e medicamentos, como o antibiótico.
As grandes revoluções burguesas fizeram com o que o Antigo Regime (centralizado e absolutista, concentrado em poder do rei) tivesse fim e o capitalismo fosse fortalecido. Foi então que surgiu o capitalismo financeiro. Este período ficou conhecido como o das grandes inovações.
Indústria 3.0
A Terceira Revolução Industrial iniciou na metade do século XX, após a Segunda Guerra Mundial, quando a industrialização havia se espalhado pelo mundo. O principal marco desta fase foi a inserção da tecnologia no campo científico, por isso também é conhecida como Revolução Técnico-científica. Foram feitos aperfeiçoamentos e inovações, nunca imaginados, nas áreas de robótica, genética, telecomunicações, eletrônica, informática, transporte e infraestrutura.
A produção novamente foi impactada e teve seu tempo e produtividade otimizados ainda mais, além de ser produzidos bens e produtos nunca vistos antes. A mão de obra foi qualificada e passou a liderar as etapas de produção, comercialização e gestão das empresas.
Novas máquinas e instrumentos foram criados e utilizados tanto na indústria quanto em laboratórios de pesquisa. A mão de obra foi substituída por robôs, que eram mais minuciosos e precisos. Os lucros aumentaram ainda mais ao passo que houve a diminuição dos gastos com a manufatura e o prazo até o produto final.
Nesta fase, houve a criação de medicamentos, novas formas de prevenção e tratamentos; o aprimoramento da internet; invenção de computadores, softwares, chips e telefonia móvel; criação do foguete de longo alcance; utilização da energia atômica; desenvolvimento da biotecnologia; criação de robôs usados nas indústrias.
Os fatos citados implicaram no rompimento de barreiras físicas e permitiram a interligação social, econômica, política e cultural, o que fez este período ficar conhecido como globalização.
Indústria 4.0
A Quarta Revolução Industrial teve início na Alemanha, no século XXI, mais precisamente, em 2013. Contudo, dois anos antes, um grupo utilizou primordialmente a tecnologia durante a feira Hannover Messe (a principal do mundo para a tecnologia industrial), que, posteriormente, foi utilizada pelo Governo Federal Alemão, quando foi oficialmente dado início ao período.
O marco desta fase foi a implementação da inteligência artificial, que possibilitou a inserção de uma rede inteligente, onde é utilizado sistemas ativos e máquinas conectadas. Desta forma, está sendo possível ter acesso em tempo real a todos os dados e tratá-los de forma imediata, implicando em processos ainda mais velozes. Além disso, sistemas ciberfísicos podem tomar decisões sem a intervenção humana.
Nesta fase, há a interoperabilidade, onde diversos sistemas e organizações podem operar em conjunto, de forma que pessoas, organizações e sistemas computacionais interajam e troquem informações de forma eficaz e eficiente. São utilizadas tecnologias como IoT (Internet das Coisas), inteligência artificial, robótica, Big Data, Cloud Computing, entre outras.
É aqui que a Intralogística 4.0 está presente. Com esta tecnologia, é possível aumentar a capacidade de armazenagem, velocidade e ganho em produtividade com segurança para atender às necessidades e demandas dos clientes, além de oferecer melhores condições de trabalho, tornando a empresa competente e capaz de entregar maior qualidade no produto final, se destacando em meio à concorrência.
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